Vencendo os inimigos da nossa paz
“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá.” (João, 14: 27)
A visão que deveríamos ter de mundo, é que ele na sua essência, para o que foi criado, é limpo. Nós, a humanidade tornamo-lo imundo.Como se não bastasse a investida predadora contra a natureza, observamos atônitos, a degradação ambiental a despeito das iniciativas de preservação e cuidados necessários ao nosso orbe terrestre. As fontes e os rios contaminados, a atmosfera poluída, as matas devastadas, tudo isto nos toca bem de perto os interesses imediatos como a saúde do corpo e o equilíbrio da mente.
Sequer, ponderamos numa alternativa de valores, estratégias objetivas e pragmáticas que possam tornar a vida na Terra, um planeta digno de ser habitado. Assim começa a violência contra tudo e contra todos. Sem saber por que brigam, os homens que se dizem inteligentes, fazem a guerra.
Num sistema social onde a paz e o equilíbrio é uma tônica a ser considerada, a destruição abusiva, a que submetemos o Planeta, constitui o maior ato de violência, verdadeira ameaça à paz que tanto almejamos conquistar. Se, a atitude pacificadora começa em nós, inútil ostentarmos bandeiras, panfletos e gritos de ordem nas praças públicas. Não raro, o conteúdo de tais investidas venham estatisticamente, demonstrando a leitura da violência, sobretudo no Brasil cuja população jovem ainda, pratica roubos e assaltos à mão armada , o que pressupõe outros tantos desafios à inteligência e à sensibilidade dos homens de bem.
Sabemos não existir receitas prontas, porém, nos parece que o “descaso” À IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE BASE e à saúde pública bem como a criação de uma política econômica e a sustentável criação de frentes de trabalho, reconhecida como necessária e urgente desde os mais verdes anos, vem se tornando um cancro para a sociedade moderna. O mal é mais moral que tecnológico e de vontade política. Enquanto as decisões promanem de cima para baixo, as classes sociais como o proletariado, que constitui uma grande parcela da nossa população e a grosso modo, os homens famintos e sedentos de justiça social, acotovelam-se à base da pirâmide, oprimidos e à margem do progresso.
A paz jamais se efetivará enquanto os nossos corações continuarem fechados ao bem comum. Os que se sintam prejudicados em seus interesses e direitos podem e devem conclamar e igualmente reivindicar melhores condições de vida e bem estar social.
Eis um dos notáveis precedentes, os quais, interceptam o caminho do progresso humano- o desnível do crescimento intelecto-moral.
Se por um lado, avançamos em conhecimento, erudição e status social, por sua vez, viável de questionamentos, o mesmo não ocorre em vias paralelas ao senso crítico e moral. Há, sem sombra de dúvidas, uma grande discrepância entre o saber e o agir. A nossa notável incoerência, fala mais alto.
Consideremos, como grande contribuição, a obra da educação, que por sua vez tornará os homens melhores, mais justos e solidários. Invoquemos sem precedentes o amor ao trabalho que deve se tornar palavra de ordem a iniciar-se desde os primeiros anos de vida. Não me refiro à exploração do trabalho do menor de idade e sim o exercício do saber aliado à prática. Assim, pois, uma educação, que por si só já o é preventiva, o amparo paralelo à proteção das futuras gerações, poderão atenuar os males que se não forem tratados a tempo, continuarão , invariavelmente afligindo consciências .
Tratemos, pois, de encarar os inimigos de nossa paz que se abrigam dentro de cada um de nós. Tomemos por exemplo o ódio, a raiva, o ressentimento, como chagas invisíveis que somente uma educação voltada para “o todo” poderá erradicá-las.
Paz. Palavra latina, pacificare, deriva pacificus, composta de dois radicais: pax e facere = paz e fazer. Pacificador, portanto, é aquele que faz a paz e que a estabelece dentro de si.
- Como poderemos fazer a paz se ainda guardamos mágoas e ressentimentos?
Roberto Assagioli nos elucida a questão da seguinte maneira:”
“ É necessário que o homem conheça-se a si mesmo em seus diversos níveis de consciência para transformar o que for preciso a fim de que ele, Espírito, encontre a Paz dentro de si e traga-a para o mundo exterior.” (1)
Você pode até aceitar a cólera como uma parte de sua vida, mas reconheça que ela não atende a nenhum fim útil. É fato notório que quase e sempre justificamos o nosso comportamento explosivo explicando: “Eu sou apenas humano”. Se eu não explodir, acabo ficando doente ou quem sabe, tendo um colapso cardíaco.Fica claro que esta é mais uma escolha sua, pois como reação aprendida, você poderá usá-la e manifestá-la ao se sentir contrariado, frustrado quando as suas expectativas não são concretizadas. Constitui, como tantos outros inimigos da nossa paz, uma reação imobilizadora. Podemos considerá-la como uma forte energia interior, disposta a saquear toda e qualquer reserva de tolerância. Cure-a, pois além de acentuada dose de manipulação, ela implica, também, uma predominante relação de poder sobre os outros. Acredite se quiser, meu amigo, você está doente e esta espécie de “influenza psicológica” torna-o incapaz como o faria uma doença física. Permaneça em constante alerta e não dê vazão à “demência passageira”, que além de deixá-lo insano, constitui uma constante ameaça às suas relações, sem contar que no campo fisiológico pode causar hipertensão, úlceras gástricas, urticárias, palpitações cardíacas, insônia, cansaço dentre outros males psicossomáticos. Observe ainda que a não opção pela paz pode detonar as suas relações amorosas, interferir no seu processo de comunicação e conduzi-lo à depressão e à culpa.
Pense em você, como alguém inteligente e emocionalmente disposto a vencer todas as dificuldades ao bom entendimento. Afinal, o mundo nunca será aquilo que você quer que ele seja. Tenha senso de humor. O riso é o sol da alma e sem sol nada pode viver e crescer. Assuma o comando da sua vida e exerça a sua vontade de forma saudável, respeitando sempre, a vontade e as decisões do outro. Escolha a paz e permaneça nela o tempo que for preciso. Eis o melhor caminho. Lembre-se, é da paz que em nós carece, que o mundo espera e agradece.
Finalizando estas palavras amigas, quero dividir com você mais uma experiência que muito nos sensibilizou:
Humberto de Campos em mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, nos presenteia com o seu belíssimo e autêntico testemunho: “Hoje, não mais cogito de crer, porque sei. E aquele Mestre de Nazaré polariza igualmente as minhas esperanças(...)Ele ampara os meus pensamentos com a sua bondade sem limites. A ganga terrena ainda abafa, em meu coração, o ouro que me deu da sua misericórdia; mas, como Bartolomeu, já possuo o bom ânimo para enfrentar os inimigos da minha paz, que se abrigam em mim mesmo. Tenho a alegria do Evangelho, porque reconheço que o seu amor não me desampara. Confiado nessa proteção amiga e generosa meu Espírito trabalha e descansa.” (2)
( Humberto de Campos in Boa Nova .Psicografia Chico Xavier)
Olvanir Marques de Oliveira
Aviso aos Navegantes: Queridos seguidores e leitores, nestes tempos de Natal, eu só posso reviver e oferecer-lhes alguns minutos de reflexões sobre a paz. Que o Príncipe da Paz, encha os seus lares de muita luz.
Paz e bem.
velasaovento-vane.blogspot.com
- (1) ROBERTO Assagioli - Reflexões sobre a Paz. Psicografia, Ruth Brasil.
- (2) HUMBERTO de Campos in Boa Nova. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
CREDITOS:
Enviado em 8 de fev de 2009
Vídeo feito para apresentação da Campanha da Fraternidade 2009. Tema: Paz por Daniel Carrijo danielcarrijo@eel.ufu.br
Música
"A Paz ( Heal The World)" por Roupa Nova (Google Play • iTunes)
Artista
Roupa Nova
Categoria
Educação
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