Saudades....
Da
nossa singela amizade.
Esperança
que ainda guardo na lembrança,
Esse
amor que virou saudade.
-Vai
com Deus!
Do
tempo de “namorada”, quando a gente curtia a nossa fantasia em pequeninas lições
de amor.
Ah!
E aquele beijo roubado com um quase gosto de felicidade.
-Era
beijo de verdade!
E
por falar em gostar, como eu gostaria que voltassem aquelas madrugadas vazias,
insones e frias a lembrar de alguém que muito longe, nem sequer nos escreveu.
Do
orvalho beijando as flores do jardim da nossa casa. Diga-se de passagem, não
era lá um grande jardim, mas as rosas, as rosas,eram todas para mim.
Como
é bom recomeçar:
A
bênção de cada dia, à noitinha e ao levantar.
-A
bênção papai.
-Sua
bênção minha mãe.
-Deus
lhe abençoe, minha filha.
-Nosso
Senhor lhe favoreça.
E
depois de tanta bênção, legada com sinceridade, ir correndo pra caminha, dormir
nos braços de Orfeu.
Como
eram longas tais noites. Pareciam crianças vadias a enxertar no terreno de
nossa alma a mais sublime das condecorações:
-Você
merece ser feliz!
Afinal,
ter um sonho nas mãos, uma saudade no coração é ser feliz, nada mais.
Olvanir
Marques de Oliveira
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