quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Eu era feliz e não sabia


Eu era feliz e não sabia.      

Saudades....
Da nossa singela amizade.
Esperança que ainda guardo na lembrança,
Esse amor que virou saudade.
De ouvir aquela voz amiga a me dizer
-Vai com Deus!
Do tempo de “namorada”, quando a gente curtia a nossa fantasia em pequeninas lições de amor.
Ah! E aquele beijo roubado com um quase gosto de felicidade.
-Era beijo de verdade!
E por falar em gostar, como eu gostaria que voltassem aquelas madrugadas vazias, insones e frias a lembrar de alguém que muito longe, nem sequer nos escreveu.
Do orvalho beijando as flores do jardim da nossa casa. Diga-se de passagem, não era lá um grande jardim, mas as rosas, as rosas,eram todas para mim.
Como é bom recomeçar:
A bênção de cada dia, à noitinha e ao levantar.
-A bênção papai.
-Sua bênção minha mãe.
-Deus lhe abençoe, minha filha.
-Nosso Senhor lhe favoreça.
E depois de tanta bênção, legada com sinceridade, ir correndo pra caminha, dormir nos braços de Orfeu.
Como eram longas tais noites. Pareciam crianças vadias a enxertar no terreno de nossa alma a mais sublime das condecorações:
-Você merece ser feliz!
Afinal, ter um sonho nas mãos, uma saudade no coração é ser feliz, nada mais.

                  Olvanir Marques de Oliveira


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