sábado, 9 de março de 2013

COMUNICANDO-SE MELHOR




                                COMUNICANDO-SE    MELHOR


          Diz-se, que se comunicam, aqueles que tem algo em   comum.
          É importante reportar-se ao outro com a mesma intensidade desejada. Neste caso, o “rapport” constitui uma ferramenta necessária à plena compreensão d’aquilo que desejamos alcançar através do nosso interlocutor.
           Comece descontraindo a outra parte. Conte uma pequena história. Fale um pouco da sua experiência. Chegue mais perto. Deixe que o parceiro possa manifestar as suas idéias. Permita. Ouça. Afinal, o diálogo é um meio de comunicação a dois , portanto, nada de solilóquios.
          É de praxe escolhermos o que as pessoas gostam ou deveriam gostar. Mas, por que você está tão certo? Não custa nada perguntar. Investigue a vontade e o desejo do parceiro. Informe-se, antes de qualquer iniciativa, pois a informação correta é mais um instrumento  de poder.
          Nada d’aqueles disparates: _ “Eu sabia que você não iria gostar.” Não se esqueça que os desagrados, tão naturais, fazem parte do nosso convívio social. Saiba encará-los com diplomacia.
 O devido respeito às opiniões alheias colabora para a obtenção de um clima de harmonia e simpatia pessoal.
          A difícil arte da comunicação implica fatores e condições que podem ser viabilizadas no nosso cotidiano, vejamos:
          O canal de comunicação deve se encontrar  desobstruído de pré-conceitos, má fé e ou resistências pessoais. Esteja aberto.
          Outro aspecto  deve ser considerado; o saber ouvir. Dê um tempo para o seu interlocutor terminar de expressar-se, não o interrompa nem planeje respostas antes mesmo de ouvir  as perguntas, limite-se a responder aquelas questões mais gerais. A sua intimidade  deve ser  preservada, portanto, evite pessoas invasivas, inconvenientes.
          O caminho confissional  é ainda a senda mais indicada para o sucesso das nossas relações interpessoais. Fale com o outro e não fale do outro. Diga o que pensa e deseja, porém, o faça em doses  homeopáticas, em ambiente  propício e acolhedor.
Nem sempre agradamos, já o dissemos , pois se assim o tentarmos corremos o risco de nos tornamos bajuladores incontestes.
         Conta-nos uma pequena metáfora oriental que um determinado  monge, em sua carreira iniciática, preparava-se para a sua rotina messiânica quando ao longo do caminho parou para descansar. Como não houvesse travesseiros, reclinou a cabeça em pequenos tijolos. Algumas mulheres, aguadeiras, que por ali  passavam  vendo-lhe a tranqüila posição, censurou-lhe, dizendo:
        -Tão jovem e não consegue dormir sem travesseiros.
        - Olhem! Dorme sobre tijolos. Que absurdo!
          O monge incomodado com a insatisfação das mesmas, resolveu abandonar os tijolos e continuou o seu repouso. Porém ao retornar, as senhoras do caminho retrucaram, desta vez, escandalizadas:
         -Vejam como é orgulhoso! Só porque falamos, ele retirou os tijolos que lhe serviam de travesseiro.
          Desperto e desapontado o jovem monge concluiu: De agora em diante farei somente a vontade de Deus.
           Parece óbvio, porém costumeiramente, falhamos em nossa comunicação quando permitimos que tracem regras de conduta e normas sociais ainda não estabelecidas em nosso código pessoal.
          Já dizia, o velho Chacrinha:
         “Quem não se comunica se trumbica.”
          A escolha ainda é nossa. 

Olvanir Marques de Oliveira